Blockchain é uma solução para a manipulação de big data?

cadeia de blocosAtualizado em 07/08/2019

As mais recentes tecnologias têm permitido com que o big data cresça e tenha cada vez mais valor. Principalmente nos ramos de Business Intelligence (BI), engenharia e ciência de dados, o conceito de big data tem permitido com que modelos de aprendizado de máquina reconheçam padrões e tragam insights relevantes para empresas e indústrias.

Uma das tecnologias mais emergentes do momento é o blockchain. Blockchain, como o próprio nome diz, consiste em uma cadeia ordenada de blocos. Esses blocos, por sua vez, contêm informações armazenadas na forma de dados, como transações financeiras, por exemplo.

O blockchain surgiu dentro do conceito de Bitcoin, que é um sistema de pagamentos global descentralizado. A forma com que as transações são validadas e armazenadas é justamente nesse livro-razão chamado blockchain, funcionando como um registro contábil. Muitas pessoas, inclusive, acreditam que uma forma de investir em blockchain é por meio de BTC, aprendendo como comprar Bitcoin e guardando para o longo prazo, até a tecnologia florescer mais e atingir todo o seu potencial, como defende o site Confio na Compra com seus artigos fundamentalistas.

Um dos pontos interessantes do blockchain é a sua segurança. Cada vez mais, a privacidade dos dados e questões relacionadas a segurança têm sido um assunto sério. Uma forma de garantir segurança no blockchain é por meio de duplas camadas de criptografia (o Bitcoin, por exemplo, utiliza SHA 256 e ECDSA), porém as assinaturas Schorr provavelmente serão implementadas no core da rede para aumentar a eficiência e a escalabilidade/velocidade.

Outra forma de garantir segurança é por meio do protocolo de consenso utilizado para introduzir novos blocos na cadeia, que no caso do Bitcoin é o Proof of Work (PoW). Nesse processo, múltiplos computadores ao redor do mundo tentam resolver um problema matemático, encontrando um número que possua uma saída da função menor ou igual a certo número bem pequeno (função de via única). O primeiro a resolver, informa o número no hash do bloco e transmite para os fullnodes da rede validarem. O criador de um novo bloco também é chamado de minerador.

Mas blockchain não serve apenas para transações financeiras, muitos outros projetos têm trabalhado com blockchain para armazenar os mais diversos tipos de dados, desde a área médica até cadeias de suprimento e logística. A IBM, por exemplo, possui uma área de pesquisa focada nisso.

Evidentemente, a tecnologia ainda enfrenta alguns desafios como escalabilidade limitada, devido a sua estrutura descentralizada. O fato é que veremos cada vez mais soluções sendo apresentadas, o que permitirá que o valor do big data seja cada vez mais explorado.

*Obs: além de blockchain, outras tecnologias de ledger distribuído (DLT) como block lattice, DAG, entre outras estão no mercado concorrendo com a tecnologia de cadeia de blocos. Algumas criptomoedas como Nano e IOTA são bons exemplos disso, o que reflete a tentativa de aplicar conceitos de descentralização com outros métodos além do próprio blockchain originado com o Bitcoin.

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